A LUA

 A LUA
 
Ela me acompanha
e brinca comigo,
numa repetida jornada,
oscila no limite
da vida e da morte.
 
Há dias que ela aparece
tão cheia de vaidade,
encanta os apaixonados
e acolhe a alegria
dos violões inspirados.
E se faz poesia.
 
Quando ela perde o seu sonho,
aparece misteriosa e sombria.
Cai singela e cabisbaixa
e em um poema tristonho,
cintila discreta e calada
o ar de sua graça.
 
Quando ela esta amargurada,
como uma triste poesia,
e sem nenhum aviso
num silencioso abismo,
no escuro se ela esconde
e si camufla entre as nuvens.
 
Numa suave canção,
ela surge lentamente no céu,    
com um sorriso me surpreende,  
tranqüila e misteriosa.
Ela palpita mistério e emoção
e desliza sultil a sua infantil alegria.
 
Madalena
24/03/13