Eu sou o inverno que não te aquece
E tu, a primavera que enfeita minha vida.
Se eu me aproximo de ti, ao sentir-me, estremeces,
E eu choro minha primavera perdida.
 
Chegará o dia de seres o verão ardente,
Alcançaras então tua plenitude.
Serão tempos de atos inconseqüentes,
Sonhados todos, em tua juventude.
 
O tempo, tempo não perdoa é implacável!
Ao mirar-te no espelho, assustada, perderás o sono,
Ele, o tempo, porá em ti, dele, a marca indelével,
Acusando-te: - É chegado o teu outono!
 
Daí, ao inverno onde estou!
O caminho é bem curto e frio,
Olharás para trás e não verás onde tudo começou.
A chama se apaga, quando da vela acaba o pavio!
 
 

O ciclo da vida segue sua rotina e o tempo é implacável. No meu ontem eu tinha o vigor da mocidade, já hoje estou ultrapassado e o meu amanhã cabelos brancos e um velho alquebrado.

Avaliando a vida