Jardins da Poesia


A imagem

 de frágil e delicada flor

 a desafiar a força

 dos ventos.

 E tudo que é vulnerável

 corajosamente enfrenta

 o que é potência.

 É o agitado movimento

 de passos que lembram

 a infância distante.

 É reserva de pureza

 que já supunha morta,

 mas que revive feliz.

 O brotar das flores

 nas primaveras,

 o cair das folhas

 nos outonos.

 Nova imagem,

 é pluma flutuando

 pelo ondular inquieto

 de brisa jovial.

 Uma obstinada busca.

 A tentativa de desvendar

 o grande segredo.

 E são linhas

 que brotam como flores viçosas

 numa mera folha de papel,

 Desenhando com afeto palavras

  que já ficarão escritas

 no inquieto coração.