O SENTIMENTO QUE NOS MATA


Não dê guarida a choros ou lamentos
Conheci o preço alto deste lado tortuoso
Sei então que por muitos não serei lido
Mas não escrevo de solidão ou sofrimento

Estes eu guardo somente para mim
Pois pela rebentação maior já passei
E procuro não alimentando secá-los
E já evito os redemoinhos traiçoeiros

Já aprendi flutuar nas ondas mais fundas
E sinto o perigo que sempre me espreita
E das rotas que levam ao padecimento
Procuro desviar pelo caminho mais longo

Da praia da expiação luto para dar as costas
Mas ainda me vejo muitas vezes embaraçado
São redes que no íntimo ainda são formadas
E sei que há por ali um animal pronto a atacar

Procuro o seu bafo maléfico manter longe
Pois dele fugindo mantenho célere o passo
Se o deixo solto no meu peito ele domina
E a alegria e paz tida dão lugar a tormentos

Sinto ainda ele por perto e disto tenho temor
Pois sei ser só dele que vêm os sofrimentos
Ninguém nos magoa se assim não quisermos
Façamos blindagem sem o nosso ser esfriar

Sentimentos de raiva com sede de revanche
Ou ignaros rompantes contra quem nos atinja
Fazem sementeiras de lúgubres sentimentos
Alimentarem este animal que nos destruirá

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"E agora é chegado o tempo em que tudo, tudo quanto aconteceu até aqui no mundo, tem que ser remido! Do que foi injusto, do que hoje sucede na Terra, não ficará uma só palavra sem ser expiada" Abdruschin na Mensagem do Graal – www.graal.org.br