Até agora me lembro da cor daqueles olhos.

Um verde cintilante, profundo, inebriante.

Vivi segundos de puro frenesi.

Esperaria por toda a eternidade para vê-la novamente.

Agora sei o que é ciúme.

Sorte daqueles que respiram o seu ar, daqueles que desfrutam da luz do seu olhar;

daqueles que habitam em seu coração...

Mudaria o mundo se preciso fosse para tê-la por perto.

Sua iris flechando as minhas com essa luz de esmeralda.

Contemplaria o pôr-do-sol ao seu lado.

Agradeceria ao tempo por ele existir e imploraria para que parasse.

Daí tudo valeria a pena.

Minha vida estaria plena.

E por fim, descansaria em paz.

Eternamente em paz...

 

 

 

Carlos Eduardo Fajardo
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