(Célia de Lima)

À minha fé
me basta o Teu silêncio
vindo em passo quieto...
Sorrindo o certo,
sem bramir.
À minha paz
me basta esse sorriso
dizendo o que é preciso
para ser feliz.
À minha vez
me dás o que eu pressinto
desde bem menino,
desde que eu vivi...

E ao que é tanto, e tanto
mais do que eu consinto,
nos meus tantos erros,
nos meus tantos vícios,
agradeço e amo,
como fosse instinto -

Ah... é de um não-saber,
de que eu não prescindo,
que me vem a força
de amanhecer.
Ah... é nesse amor,
nesse desatino
que a intuição formou seu ninho
pra me ver voar,
e saber... saber.

 

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