Removo agora da terra árida

as sementes que ainda não germinaram...

enxugo as lágrimas da face

que ainda não caíram...

fecho as janelas pra não entrar o sol

e deixo as minhas manhãs

e as minhas noites

morrerem longe de ti.

E assim, enquanto as tuas mãos adormecem

começa uma outra história,

porque, quando alguma coisa acaba

outra deverá começar... e as minhas ilusões

também terão chegado ao fim.

E ainda assim, sem palavras,

volto novamente a amar.

 

 

Walter Pantoja Teixeira
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