ESTIGMA DE UMA DOR

Estigma das minhas algias enexplicáveis,
Trilho as veredas do meu pretérito atroz,
Colho os frutos de pomares abomináveis,
Perfídia  existêncial, silenciou-me a voz.

Minhas pocemas orbitais não fizeram eco,
Ao pertinaz universo que não pára de girar,
De onde vim... vou... sou um tanto babeco,
Do esquema cósmico, não quero questionar. 

Se sou estrela triste, porque assim escolhi,
Para neste infinito refulgente querer orbitar,
Em outros planetas em evolução eu já vivi.

Mas neste mundo atual eu quero planejar,
Momentos felizes aos que tantos já sofri,
Para em outra vida, novo corpo apraziar. 

Rivadávia Leite