Refém dos erros da hierarquia do sistema
Passo os dias afogado nas idéias do absurdo
Quando a tua ordem nos acorrenta no dilema
Em que o teu ouvido a minha voz, fez-se surdo
 
Olhar cego a quem te subordina no esquema
Impõem as tuas normas, que te rotula no segundo
Sem conhecer a causa, da história que é o tema
Faz o teu orgulho e vaidade, sujar o nosso mundo
 
 
O fracasso é o efeito, da tua voz que é ditadura
No respeito que se perde não conhece seu perdão
Da alma que luta contra a tua forma de pressão
 
Questionando a quem, a voz, tu fez que fosse muda
Vestindo com poder, o teu grito pobre de razão
Na covardia da pergunta, que tu queres solução

Murilo Celani Servo
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