DiDstância molesta, porta-voz do meu sentimento,
Sucedâneo serotino que me impulsiona à aflição
Onde se encontra minh’amada, neste momento?
Deixa-me um vazio, empurrando-me à solidão.
Passeia discreta pelas vias do meu pensamento,
Buscando aquele ermo cantinho do meu coração;
Majestosa altitude de beleza em contentamento,
Castelo esplendoroso de soberana em ostentação.
Diante de si me vergo, ó senhora do abrasamento!
Para na seiva dos prazeres me tornar a sensação,
Suplico aos deuses que me ausentem o tormento,
De me sentir tão semoto deste amor em profusão.
Sei que algures está, alojando-me ao sofrimento,
Por deixar tanta aporia à minha frangível inspiração.
Rivadávia Leite
Licença
Sob licença creative commons
Você pode distribuir este poema, desde que:
- Atribua créditos ao seu autor
- Não use-o comercialmente
- Não crie obras derivadas dele