VEREDA
Tentei atar as pontas desta vida
Puxar o pesado carro de sonhos
Prender os impossíveis, todos soltos,
Nascer em Terra Prometida.
Ver o céu se abrir com seus arcanjos,
Escutar inéditas sinfonias,
Cuspir veneno e vomitar mentiras,
Despir costumes, regras e fobias...
Saltar, voar como qualquer rola
Crescer, criar num astral perfeito,
Olhar de amor, dor nenhuma assola...
Não vê cativos, trevas, nem defeitos...
Comer o ar como se eu fosse a brisa,
Nadar o mar, ser Infinito ardente...
Crescer humilde, mas bela tal semente,
Que aduba, enfeita, dá...mas nunca pisa.
Elisabeth Camargo Martello
© Todos os direitos reservados
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