Poesia: MISTÉRIOS DA VIDA

MISTÉRIOS DA VIDA
Como somos misteriosos nós seres humanos
Quantos pesos  carregamos dentro deste peito
Quantas  cicatrizes abertas  carregam cada um
Tantas feridas  deveriam estar sendo fechadas
Nesta caminhada  que nos mantém sobrevivos
 
No fim desta caminhada esta um  ponto fugaz
Um destino  certeiro feito  um  tiro de morteiro
Que todos levarão e que não deveria assustar
O ponto crucial e que  nos levará  a continuar
 
Sendo visto lá do nosso futuro daquele ponto
Só vemos um fio que todo dia vai diminuindo
Até vir  propiciar a nossa  passagem solitária
Ela deixará muitos a chorar por não saberem
Que a vida aqui é só estágio pelo  qual  passamos
 
Chorarão os que nos amam e não sabedores
Assim como nós antes que a vida não tem fim

Seremos agradecidos  pelos momentos tidos
Que nos propiciaram  muitos enlevos  afetivos
 
O que  será que já  trouxemos lá daquele inicio
Onde choravamos batendo pernas e bracinhos
Sempre esperando só receber bons carinhos
 
Que passagem é esta que transcorreremos
Deixando os amigos e a nossa terna família
Onde aprendemos sofremos e rimos felizes
A caminho do   morteiro que propiciará a ida
Onde estupefatos os deixaremos  chorando
 
Para onde iremos sem malas nem bagagem
E nem o corpo  que nos vestiu  por um tempo
Saímos dele e por  desconhecimento choram
Os muitos que não sabem sim que há continuação
 
Choram por não saberem que se no amor vivemos
Alegrias ensolaradas podemos ter na nova partida
 
Levaremos de bagagem as tantas experiências
Uma alma cheia de vivências que não tínhamos
Que nos tornaram leves com os perdões e amor
E pesados se nesta mala só carregamos o vazio
Coisas que aqui  quisemos mas que não valiam
 
A mala é pesada se de  egoísmos a  carregamos
Se  falsos amores e danos dolorosos causamos
Será pesada se só de Ferraris nos preocupamos
Se com ardis  carregamos nossa conta no banco
Se ao povo com fins ilícitos sofrimentos causamos
 
São sentimentos que na alma na certeza levaremos
E a tornará pesada feito chumbo difícil de carregar
Teremos  que arrastá-la  e a nova viagem  dura será
Até quem sabe talvez não venha algum merecimento
Que alivie das costas este peso  que aqui foi traçado
 
Triste  andarilho que se arrastará  com a mala cheia
Que só substituída por reconhecimentos e remorsos
Choro e lagrimas das quantas infelicidades causadas
Poderá a ter se cair de joelhos e  ao perdão implorar
Pelos males que aqui ele causou com ambas as mãos
 
Terá agrilhoado um carrinho  com os frutos da colheita
Que aqui plantou pensando sabedor que a todos enganaria
E a todos ferrou feito um campeão  astuto de ardileza
Não sabedor entanto o que no lado invisível foi criando
 
Se  na natureza só comemos os frutos que plantamos
De onde achar que neste mundo perfeito há diferena

ao que fazemos pensamos e ao que aqui sentimos?
Porque achar que teremos paz se na alma temos ódio
Se no íntimo escondido cobiça e inveja alojamos?
 
O mundo futuro que teremos lá naquele encontro
Onde passaremos  com a nossa mala imantada
Lá naquele momento em que parentes chorarão
Vislumbraremos que interessante ainda vivemos
 
E ao  mesmo tempo: surpresa, ali não tem dinheiro
Nem um cargo que me proteja nem amigos alheios
Que acontece neste espaço  tão maluco onde sinto
Que ao tudo construído não será de nenhuma valia
 
Porque ninguém me vê se estou logo aqui a chamar
Gritando e ninguém ouve só tendo olhos para o corpo
Porque não me escutam se eu estou aqui estupefato
Como  pode ser isto se eu os vejo e eles a mim não
 
Oi minha esposa olha aqui para mim, estou aqui
Estou tocando no teu ombro e você nada sente
Por que ninguém me disse que aqui seria assim
Onde está a explicação Jesus não me esperaria?
 
Tanto  dinheiro acumulado e aqui sem serventia
Cadê todo poder e a minha toga que me protegia
Cadê meu revolver que sempre me dava garantia
Estou aqui só e sem proteção,  afinal onde estou?
 
Como é que vou aqui caminhar se não sei pra onde
Quem vai me dizer para o que  senão tem ninguém
Ninguém escuta e todos já estão me abandonando
Porque ninguém sabia que é assim que aconteceria?
 
Mas que tanto  papo  furado eu só escutei
Rezava e até achava que estava tudo bem
Todos se enganam, não é nada do prescrito
Já estão me deixando todos já estão indo
 
E agora qual será o meu destino?
Como iniciarei aqui o meu novo caminho?

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“Decorrente de lei eterna, uma pressão de expiação inalterável pesa sobre vós, a qual nunca podereis passar para outros. O que carregais mediante vossos pensamentos, palavras ou ações, ninguém mais, senão vós próprios, pode resgatar! Ponderai bem, pois  de outro modo a justiça divina seria apenas um som oco, caindo tudo o mais consigo em ruínas”. Abdruschin em Na Luz da Verdade,  graal.org.br -
 
 
 
 
 

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