Inocência roubada

Inocência roubada

Sem direito de querer...
Ensinaste-me o pior caminho...
De mim me arrancaste o que me pertencia...
Na violência aprendi...
O que com amor poderia aprender...
Senti o gosto amargo do fel,
Sendo que poderia ter sentido o doce gosto do mel;
 
Sem escolha de aprender...
Com a dignidade que me restou...
Hoje tento me erguer...
No pouco que me deixaste para aprender,
Lutarei em busca dos meus sonhos perdidos
Sonhos interrompidos...
Pela violência alcançada;
 
Fui forçada, a enxergar o arco Iris sem cor...
E apesar das lágrimas de dor...
Do amadurecer precoce...
Sou ainda uma criança...
Requerendo o direito de pensar...
De desejar e amar...
Sem que me tirem as cores da vida...
O sorriso dos lábios...
Pela alegria de viver...
Sem que me tirem os meus direitos...
De sonhar que vale apena viver...
E no momento certo descobrir as coisas boas da vida.
Com a esperança de ser feliz.
Pois hoje levo comigo a dor da invasão...
Pela a inocência roubada...
 
 
Leny Borges
08/10/1010
 
 
 

Leny Borges
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