Insâna

Observando os sentimentos ...

Os vejo,abstrata escultura indecifrável

Permea-se pelo corpo,alento

Heptágono coberto a véu

 

Um mar de çéu

de ardor vestido

Meu sentido réu

O nada ao todo vivo

 

Profundo a voz de dentro

Se ergue como um lama despido

Enredo do pensamento

Ladro mantra passivo

 

Depois do sonho e da aurora

Recolher caprichos e prazeres

Voragem que se encorpora

Lanho contrito nos seres

 

Certezas fincadas no âmago

Cálido,gélido e atordoador

Fustigante ensino insâno

A brincar no labirinto a bibelô

 

Imortal ! se ergue em templos

Com portas para o infinito

Existência que sinta comeno

Do seu viver, o seu sentido.

Iracema Albuquerque
© Todos os direitos reservados