Da Ficção Ao Real

No escuro interior, pelas cores do teu olhar
Cerro minhas pálpebras, sem ter a consciência  
De ser poeta, quando minha alma, me faz adentrar
Um mundo imaginário, em que amar, é a conseqüência
 
Que me manteve vivo, pelo tempo que pude respirar 
A essência que desfrutava, por ter você na inocência
Quando a partida, meu sorriso, na vida fez se apagar
Pelo ar que me ausenta, ao fim desta existência    
 
Torna forte a recordação, quando na música que toca
Revivo os momentos, perpetuados nos versos da canção
Espalhados pelos acordes, quando sobrevivo no refrão
 
É quando dou por mim, ao choro que me sufoca
Ao abrir dos meus olhos, sinto as brumas da solidão  
Quando volto ao real, não sinto pulsar mais meu coração

Murilo Celani Servo
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