crònica: A CHUVA E O SEGREDO DA NOSSA VIDA

A CHUVA E A NOSSA VIDA

Está chovendo aqui na minha região e eu aqui na minha varanda a pensar em nada. Deixa a água correr, pois sendo a vida eterna não devemos nos acostumar ao seu ritmo?

Não seria o correto?

Pois nesta possibilidade, a da vida ser eterna, não deveriamos criar dentro de nós uma vibração para sustentá-la ou alguém quer continuar com esta sua vida que tem agora eternamente?
Neste caso não seria maçante?  

Então se existe esta possibilidade da imortalidade com certeza deverão despertar dentro de nós algo que nos dê felicidade perene, livre dos nossos erros, pendores, vícios, sentimentos que não sejam bons.

Com certeza temos que despertar dentro de nós sentimentos que já não temos conhecimento, como legítima gratidão, amor verdadeiro a tudo e ao Criador, amor a todas as pessoas indistintamente (não tem nada a vêr com esmola).

Tem que ser despertado em nós algo que já não possuímos mais.
Esta história de ficar descansando do lado de lá é pura falta de lógica, pois você já imaginou que, só por causa de uns oitenta anos, em media, aqui nesta terra já ganharíamos o direito de ficar “descansando” eternamente? Você já imaginou como seria maçante se fosse assim?

Vida eterna! Felicidade eterna? Do jeito que somos hoje seriamos merecedores disto?

O mundo do lado de lá, neste caso seria tão imperfeito como aqui.

Fico a pensar e tentando dimensionar como seria. Teria que se adquirir, antes de qualquer coisa, paz eterna em nosso coração, tranqüilidade eterna, amor eterno, felicidade eterna.

Tudo o que nós sentimos teria que ser natural, simples, perfeito e um sentimento perene de alegria e gratidão, pois o contrário de vida eterna seria a morte eterna.

Então seria uma morte diferente desta pela qual todos nós iremos passar. Esta morte eterna seria do lado de lá e com certeza neste caso não seria nada boa, pois se é morte eterna leva-nos a pensar em sofrimento eterno sem mais chances de volta ou melhora.

E neste caso para termos direito a esta vida eterna devemos  nos tornar em um filtro bom por onde passa a irradiação que sustenta todos os mundos e que mantém toda a natureza. E que deveria, também, ao nos transpassar, só continuar gerando beleza como gera em tudo à nossa volta, quando não moramos em nenhuma grande cidade é claro.

 Esta irradiação neutra só constrói as  obras condizentes com aquilo que vibra dentro de nós, como os nossos desejos, as nossas vontades, os nossos vícios enfim, aquilo que damos guarida dentro do nosso mais recôndito íntimo. E que por isto estamos com um mundo cada vez mais caótico, pois ele é resultado do mau uso desta energia neutra viva que nos dá a vida.

Ela é que forma o nosso mundo individual que construímos, segundo a segundo, e que na somatória daquilo que outras pessoas de igual espécie também pensam, vai se fortalecendo e criando centrais que acaba influenciando outros que antes não vibravam nestes sentimentos.

Como exemplo pode-se ter uma certeza:

Para cada pedófilo que chega a agir terrenamente existem pelo menos uns dez que compactuam dos mesmos desejos, mas que se controlando, não chegam às “vias de fato”, mas que perante estas leis invisíveis também são co-responsáveis, pois ajudaram a formar estas centrais.

Infelizmente hoje em dia a maioria dos seres humanos só vibra com algo que vai prejudicá-lo, ou seja, em algo ruim, e com isto esta irradiação passando por ele, forma , a partir daí, as obras de acordo com o que foi sentido intimamente.

Esta energia ou irradiação invisível que tudo transpassa é o sopro eterno da vida e nós, pela nossa espécie espiritual, somos portadores de livre arbítrio e formamos com ele o que quisermos para o nosso futuro. E isto também foi o que determinou a vida que temos hoje.

Somos translúcidos para esta energia e por ela nada escapa mesmo aquilo que está lá no fundo escondido em nosso intimo. Dela nada escapa.

É ela que implanta a justiça e o amor de nosso Criador no nosso dia a dia e por isto a obra por ele criada é perfeita.  

Se vibrássemos em gratidão pela nossa existência só colheríamos beleza e alegria. Colhemos o resultado daquilo que somos.

Perdemos a consciência desta energia e, que está muito ligada à nossa intuição, ao longo de milênios e hoje somos escravos do que prevalece dentro de nós e do nosso deformado cérebro.

Se quisermos mudar a nossa vida temos que mudar a todo o custo aquilo que sentimos dentro de nós em algo bom. Temos que transformar aquilo que pensamos sobre uma nova ótica, a todo custo, se é que queremos uma vida melhor.

Ansiarmos por dias melhores,  mesmo materialmente falando,  não é pecado nenhum, muito pelo contrário, desde que com esta riqueza que vamos cultivando e construindo formos criando também bênçãos e riquezas "imateriais" para nós e para os outros.

A felicidade só é conseguida com a construção sólida destes dois mundos. Eles estão interligados.

E  só com o dinheiro ou poder terreno não nos tornamos felizes como podemos constatar na vida de grandes artistas como Elvis Presley, Marilyn Monroe, Mike Jacson e tantos outros que viveram se drogando de todo jeito, pois chegaram ao ápice material e não encontraram o cálice que lhes daria a felicidade ou paz.

E por outro lado temos muitos que vivem normalmente com muita riqueza, fama e poder,  mas nem por isso perdem a simplicidade, e mesmo possuindo tudo se mantêm equilibrados e sem “afetamentos” .

Quer mudar o teu mundo? Então mude o que sentes dentro de ti.

E para isto não precisamos fazer nada a não ser nos esvaziarmos dos nossos pensamentos e sentimentos negativos que a irradiação irá passar incólume e sem nenhuma pressão contrária só gerará obras boas que nos aguardariam lá na frente multiplicadas.

Sofremos, pois vivemos em choque com esta energia que nos transpassa.

Se tivéssemos colocado no nosso dia a dia o que Jesus ensinou estaríamos, como humanidade e individualmente, num mundo extremamente melhor.

“Sejam simples como as crianças e “O que o homem semeia isto ele colherá””

Mas não, o egoísmo, as ambições acima de qualquer direito, o vício de um erotismo superando qualquer anseio de amor e outras mazelas,  só podia gerar o mundo que estamos tendo  e que só vai de mal a pior, pois, em sentimentos,  continuamos os mesmos que há milênios atrás. Cheios de cobiça de toda espécie possível.

Fizemos do uso inconsciente desta força que nos perflui um nó que muitos poucos ainda terão possibilidade de desatar.

No início o ser humano teve que fazer um esforço sobrenatural  para ir contra esta correnteza que o transpassa e por isto sente, hoje, sempre uma pressão enorme dentro de si e que não deixa muitos não ter paz, pois este confronto contra a correnteza desta energia só desgasta suas próprias forças e o cansa.

A chuva  aqui no meu pedaço está quase parando. É o seu lento gotejar que agora escuto.

A chuva é música para os ouvidos que atentos se desligam de qualquer outro barulho.

Ela é canto. É como o som de um coral afinado, assim como são todos os sons da natureza. Trazem conforto para a alma e limpeza para o ar.

Ela é uma orquestra muito bem engendrada, pois todos os seus seres vivem em harmonia com esta energia recorrente.

E o homem que deveria ser o senhor de toda esta perfeição se tornou um bronco que só pensa em ambição, prazeres e valores materiais criados por ele mesmo.

E por isso vive uma vida totalmente dissociada do mundo natural e por isto só colhe e continuará colhendo aridez no seu futuro e no seu tempo de existência, que já está se exaurindo, tanto aqui como no lado de lá.

 “Para quem quiser se aprofundar nestas colocações, por mim aceitas devido à lógica contida em toda a obra, leia os escritos contidos em “NA LUZ DA VERDADE”, chamada também de Mensagem do Graal , do escritor Abdruschin (graal.org.br)”
 

 
 

Uma dissertação de como estamos dissociados de uma vida natural que ao invé de nos dar todas as alegrias só nos dá mais confusão.

Curitiba, 02.04.2010

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