Sem tempo...

 
Sou descampado sem vida
Com sementes guardadas,
Uma gota de água decidida
A tornar de águas evaporadas.
 
 
 
Não sou de nenhum tempo,
Não pertenço a nenhum corpo,
Eu sou apenas um momento
Sou da vida mais um porto.
 
 
 
Tudo o que faço é espontâneo,
Não requer qualquer esforço.
Quando assim não é conterrâneo,
Sinto-me no fundo de um poço.
 
 
 
Pertencemos ao eterno ciclo
Do dar e receber, insisto
Para não me sentir ridículo,
Somente desta forma existo.
 

Bruno Dias
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