Motorista eu vou descer

 
Da janela de um ônibus
Enxergo as engrenagens
Cada uma em seu lugar.

A janela se torna blindada.
Seus reflexos me deixam invisível
Enxergando o mais intimo em cada olhar.

Quando me sento de frente para todos.
E finjo que estou dormindo
Sinto-me um ator de frente ao publico.

Mais às vezes o cansaço vence
E eu durmo de verdade
E de ator me torno publico, quem vê a baba que escorre.

Às vezes o cansaço é tão forte
Que me faz e do meu ponto esquecer
Descendo logo à frente, fui andando descontente.

Autor: Rodrigo Acosta