As ilusões que somhei

 
As ilusões que sonhei! A meu lado a senti,
Meu coração iludido, numa dor que sabia,
Que não era sonho, dourado branqueando,
O céu o véu, e lágrimas que não chorei...
Delirando meus tristes delírios,
Pensando estar junto a ti!
A palidez escondia da face a visão...
Era medonho o louco pesadelo, apertos,
Infame e torpes a embalar as almas,
Virgens descritas no sonhar.
Batia o sol! E a negra face em murmúrio,
Solene a troar alto intumescia meu,
Vicioso querer...
Doido me via, acalentado pela dor,
O desengano! Devora-me, e como tudo!
As flores secaram.
Perdoa-me se ergo os olhos a te sonhar...
Presumi que chegaria ao fim! E, sem dúvidas!
Morrerei sem demora, ao se por a noite,
Escura...
 
 
 

Hynes Margarida de Oliveira
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