Apartamento... Palco dos amores
Das noites quentes; dos dias floridos...
Ouvias dela divinais gemidos
Na plenitude dos nossos fervores.

Por que eu tive, contra os seus pudores,
De trazer à tona fatos esquecidos?
Ao pedir perdões que não são ouvidos
Amargo sozinho todas minhas dores.

À brisa mansa de tua janela
Se me debruço... Só lembranças dela...
Digas pra ela, solitário amigo,

Que hoje em dia - pra tristeza minha,
Ela te adentra pra dormir sozinha
E eu, sem ela, tento e não consigo.


Campina Grande, Setembro de 2002.

 

Alfrânio de Brito
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