Padrasto bendito

 
Surge uma pessoa diferente em nosso seio.
Dúvidas, incertezas e curiosidades.
Quem será essa nova pessoa,
Que invade o ambiente dessa forma?
 
Baixinho, sorridente e esperto,
Nem de longe representa a idade que tem.
Ágil, mágico e bom tocador,
Quando mais se precisa, logo vem.
 
Violeiro de primeira,
Ama minha mãe com sinceridade.
Carinho libera aos montes,
Só quem não quer é que se evade.
 
Mas como não gostar dessa pessoa,
Que com minha mãe se juntou?
Marido, namorado, companheiro,
Que a toda família conquistou.
 
Canta moda de viola,
Com letras incríveis e inteligentes,
Treina e estuda concentrado,
Grava CD e faz shows animado.
 
Mãe, que doce surpresa nos proporcionou!
Quando ao nosso meio nos colocou,
Essa pessoa amável , doce e cativante,
Que sempre nos enriquece bastante.
 
Da união desse casal,
Dupla sertaneja pode até surgir,
Que encanto vê-los junto,
Sempre felizes a sorrir.
 
A união da família não foi prejudicada.
Longe disso! Só somou energias boas.
Quando chegam a nossa casa,
A felicidade da união se extravasa.
 
Parabéns ao novo integrante,
Não necessariamente um padrasto,
Mas o carinho e a entrega foram tamanho,
Que o saldo só pode ser considerado um arraso.
 
 

Poesia em homenagem a Zé da Barca, grande violeiro de Bauru/SP, que muita felicidade trouxe à vida de Nair (minha mãe), sua eterna parceira.

Escrita em 12/02/2009.

Rosana Nobrega
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