Eu queria ter minha alma perdida

Mas minhas lagrimas naufragaram em terra seca

Eu queria ter me perdido em um oasis

Mas meu coração ficou pregado em um deserto

Eu quisera não ter que ver mais minha sombra

Mas o sol se faz brilhante e lua não da tregua

Eu qeria estar distante de mim mesmo

Mas o monstro mora aqui dentro

Eu qeria por um fim ao sofrimento

Mas os sentimentos de tristezas não se vão embora nem por um momento

Eu queria enforcar minhas glorias e minha honra ao merito

Mas de nada adinta pois ressucitariam me de minha tumba

Por que não se satisfazem com desolação

Querem sempre o triunfo atravez da plagiação

Eu queria esse mundo como ele é imperfeito perfeito

Mas a sanidade nos tornou assim desse jeito

Eu queria enlouquecer pra entender essa vida

Mas nos deram remedios ante insanidade e ficamos assim

                                                                                                               lesados para sempre e todo

                                                                                                               e  flores não nasceram mais 

Eu queria que minhas costas não doecem   mais

Mas minha coluna foi danificada a pauladas.

Eu queria as flores mortas no jardim e os hortos cheios de cadaveres

Mas teimam em manter a fragrancia impestada de rosas seus jardins

Eu queria a velha guilhotina pra arrancar rapida minha cabeça

Mas só tenho letais injeções de puro odio e rigidez que fazem lenta a morte

Eu queria  a fartura de miseria humana graciosa

Mas tenho que ficar com a sutileza dos ilusionistas a esconde-las

Eu queria a dor sofrida e mentirosa

Mas fiquei com o podio vazio sem poder  precede-las

Eu queria arrancar-me di mim mesmo

Mas só consigo não me compreende-me

Eu qeria a voz gritante estourar meus timpanos

Mas as fantasias são tantas que não suportam meus ouvidos

Eu queria esse louco tempo suprir

Mas ele é que nos faz ser e existir fraquejar , levantar e cair

                                                                                                            a festa que existe aqui

                                                                                                             é uma maquina geradora de pragas

                                                                                                             só os iludidos se deleitam

O voo do abutre sobre a carniça é o que somos

Todos lutando palmo a palmo rastejando por um pedaço de carne podre  que possa sustentar-nos

revoada
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