Só duas mentes podem decifrar
As vozes do silêncio e a luz do escuro:
A do apaixonado, enquanto amar,
E a do poeta de coração puro.
Assim nos entendemos sem palavras:
Repouso meus desejos nos teus seios
E tu com beijos e afagos lavras
A fértil avidez dos meus anseios
Pois há, no peito arfante, a palpitar,
Um coração de poeta, a te mostrar
O amor que os olhos não enxergariam
E este teu colo é santuário e gruta
Onde teu coração no escuro escuta
O que os ouvidos jamais ouviriam.
Oldney Lopes©
Brumadinho/Mg - novembro de 2007
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