MARIPOSA ESVOAÇANTE

MARIPOSA ESVOAÇANTE

Ó mariposa esvoaçante!
Já nascente com o destino traçado,
Morrer sobre a chama brilhante
De um belo castiçal dourado.
 
Teu viver são momentos breves,
Assim se conta nos anais.
O movimento de tuas asas leves,
Terá o mesmo fim de tuas iguais
 
A luz atrai a mariposa para a morte,
Mais a pobre não tem como escapar.
Tu jogaste fora tua boa sorte,
Ao trocar a luz do dia, pela luz do luar.
 
Desprezaste o meu leito
Atraída por outros lençóis,
Trocaste o crucifixo que tinhas no peito,
Por jóias que mais parecem sois.
 
Rodopiar pelos salões de festas,
Sentir de o champanhe o borbulhar,
Exibir belos diademas na testa
Ouvindo da seda pura, o farfalhar,
 
Receber muitos galanteios!
Flores de variados perfumes e cores!
Deixar aparecer em ousados decotes, teus seios!
Causando nas outras iguais, rancores!
 
Mariposa vai chegar tua hora de chorar
E morrer sob o suplício da chama.
Assim que deixares de encanto despertar,
Estarás morta sobre fria e abandonada cama
          
 
 
 
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A mariposa se incandeia pela luz e fica girando em torno dela atá a morte , porque. efêmera é a sua vida. Entre nós existem mulheres de beleza sem igual que tem o destino da mariposa e se deixa levar pela luz dos salões. Trocam o dia pela noite. Trocam a verdade pela ilusão. Trocam um amor puro e sincero por promessas vãns e se embriagam no borbulhar do vinho espumante. Pobres mulheres belas que morrerão com o coraçao vazio!

Ouvindo uma valsa vienense.