DO NADA PARA O ETERNO

Para uma musa que verseja...


Outra vez desligaste o celular...
E um silêncio gritante me fulmina!
Eu me flagro a sair sem disciplina,
Como um louco na rua a te buscar.

Mais um trailer, um boteco, mais um bar...
E a certeza cruel se descortina:
Não existe nas ruas de Campina
Mais um ponto onde eu possa te encontrar...

Se te escondes de mim, não tens motivo!
É, querer sepultar-me ainda vivo,
Sepultar-se também, inconsciente...

Seguiremos, por fim, a mesma meta!
Se não sabes, a sina do poeta
É morrer pra viver eternamente!


Campina Grande, 20 de março de 2009.