Meu fracasso.

 
Não posso esquecer o que restou
das infinitas horas que te amei,
e nem dos absurdos que cometi
quando em outros braços repousei.
Vejo as estrelas lá no céu me olhando
e como um réu por elas sou tratado,
ela me amou um amor resignado
que teve como testemunha o luar
que hoje me olha de soslaio...Dizendo:
“Agora é tarde, porque em outros braços ela
tem o coração reconfortado”.
O linho alvo de nossa alcova
teve suas fibras amareladas e o
travesseiro, hoje, só me serve de consolo,
pois a sua fronha esta toda amassada
pelos meus abraços quando a noite esta gelada.
Sobre o criado-mudo um papel rabiscado
onde ensaiei te escrever um pedido de perdão,
mas, o tempo foi passando e você se distanciando
e eu fui ficando no esquecimento, longe do seu coração.
Sou um fardo de farrapos corroído pelo tempo
e as traças da tristeza sorriem do meu fracasso.
Sob o olhar severo da lua eu próprio me desdenho.
Os vaga_lumes brincam de serem estrelas no chão
e eu decepcionado me condeno vendo o desenho
do meu nome gravado com o nome dela, num coração.

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