Primamizade

 
Tempos que voltam... A sós nas lembranças
Primamizade surgiu, desde crianças
No pega e esconde, no brinca e sorri
Nos teus olhos eu vi... A bondade nascer
 
Laços ternos e eternos na mente
Eu sinto latente meu sonho surgir
Do varonil delinqüente nossos atos tão entes
Como as brumas do céu somos nós inocentes
 
Na distância um queixar... E o sentimento exaltar
A proximidade é falha... Mas não atrapalha
Apenas aumenta o gostar...
Gostar de saber... De crer e poder
Pensar num momento, com vocês e viver!
 
Todos os dias quando tento...
Sentar ao chão e ouvir as histórias
De que me lembro... Que foram ditas...
No íntimo desses dias, caio e percebo
Um vazio do lado... A saudade e um aperto...
 
Primamizade é tênue, soneto ausente
Luz decorrente, meus olhos lhe dão...
E te mostram carência, porém gratidão
Por aquilo que não tenho
E que mostrasses... Num clarão...
 
Num segundo, de repente, veria em minha frente
Um abraço apertado... Porém abstrato
Um retrato lembrado eu penso em dizer
Mas só com meus olhos é que pude ver...
A graça de ficar perto, pra nunca esquecer!
 
Parecer tão estranho e distante
Nem sempre diz algo
Algo só se diz quando não se tem...
Agora não tenho, só posso esperar
Um dia de volta poder lhes encontrar...
 
Primamizade é mágica! Não com o olhar,
Dos que não podem enxergar,
Dos que não podem sentir
Mas de quem sente e enxerga no olhar
O que as palavras não conseguem tocar,
E o que o coração não deixa de sentir...
 
Primamizade perdida,
Ainda não refeita...
Segue o passado vivendo mais que o presente,
E que no futuro ainda mais que um repente
Eu consiga alcançar.
 
 
 

Reforçar os laços de uma amizade perdida no tempo.

Quarto

Marquinhos Eduardo
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