Por onde brincava
a menina deixava lembranças
Cinzas borravam o chão
marcas de infindas pisaduras
em longas andanças
Cantorias eram entoadas
ao redor da fogueira ardente
em noite de céu reluzente
Onde perdeu Carolina a candura de menina?
O sorriso lépido virou ave de rapina
Vôou para além da colina
que cercava a pequena casa de Carolina
casa de taipa agarrada ao riacho
onde matava a sede o cavalo "Diacho"
Um velho Carvalho cobria com sombra altiva
A doce Carolina em sua vida primitiva
A menina embalava a boneca enrolada no pano
Embalava a boneca
Embalava o pano
Embalava sonhos...
* Úrsula A. Vairo Maia *
*Poema registrado na Biblioteca Nacional . Respeite os direitos autorais.
* A imagem postada foi extraída do site "Cita e Pense"
Amigos queridos do site e visitantes, este é um poema que fiz, pensando nas crianças pobres que vivem no interior dos Estados Brasileiros. Quando viajo de carro pelas estradas de Minas, vejo tantas casas pobres em vários lugarejos e à beira de estradas e sempre penso nas pessoas que vivem naqueles lugares.
Há muitas Carolinas sem acesso á educação, a uma vida digna e isso sempre me constrange. Deixo aqui minha singela homenagem poética a essas crianças.
Obrigada por sua visita e carinho.no meu cantinho
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