Um pensamento fonado invisível,
vindo inesperadamente do nada,
de forma reeditada e eloquente,
um jogral romanesco irreal,,
me faz ficar irradiante.

Esboços títulos competentes,
esbarro em palavras para o co-autor,
sem censura escrevo verso censual,
bloqueio meu ilusório
paras as coisas sensuais,
relevo e levo fantasticamente
minha vida imaginosa.

Improviso impulsivamente,
as flores do meu jardim,
finto uma rosa amarela,
descanso a beira do rio...
filosofo a natureza costumeira,
uma cortesia do sistema.

Descalça e solta divago,
cabelos ao vento me entrego,
ao calor do dia...
Imobilizo minhas horas,
inevitavelmente para esse cenário,
supero a minha vontade de voar,
mas abro os braços para o universo,
como se fosse abraçar o  infinito,
dos meus instantes paradoxos.

Obsecada pelo sonho estêncil,
me recuso a acordar apressadamente,
então faço um intercâmbio
com a realidade e o sonho,
divido em gomos flexível,
menciono um nome nômade
a uma fantasia aflorada.

Vagarosamente abro meus olhos,
o sonho desaparece na noite,
o amanhã determina meus minutos,
fito a claridade exótica,
da minha vida secundária,
me levanto fisicamente,
começo a estenografar em poesia
a história noturna...
abandono essa sensaçao estável
e saio para o real...

Soraia
Ciganita

Escrevi, em uma das madrugas, que o poeta perde o sono...
escreve pra tentar ressaltar o que sente..

Em minha casa

Cigana
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