Meu olhos, minha alma

Meu olhos, minha alma



Meus olhos...

Minha alma...

Ela desvia, desvia,

Quando olhar fundo devia;

E sem medo, confiante.

Contudo,

Procura refúgio no teto, parede, janela,

Saltando e matando-se ela...

De fugir ela exaure e sozinha,

Sempre só, ela reza e chora,

Por olhar compassivo implora

Que descanso a dê...

Eles querem ser nus encontrando,

Na nudez de outra alma brotando,

Amor Vida, Amor Brando!

Meus olhos...

Minha alma...

Clamam sôfregos, perdidos, caídos,

Desesperados, loucamente abatidos,

Por olhar e alma tanto queridos,

Como aqueles do Mestre...

 

 

 

 

 

 

21:51

Sao Paulo, SP - 25/06/2008