JANELAS D'ALMA

 
Em pedra confidente,
abraçado às tuas lembranças
adormeci,
sonhando...
 
Com os pés descalços e o coração frio
falo, me calo e esvazio a mente
Deixo o meu corpo cansado,
à margem do rio
 
 
Meus olhos caminham pela encosta,
à frente...
 
 
Montanha abraçada e sufocada
pela solidão
Abandonada, em meio a tanto silêncio...
lassidão
 
No alto, os teus olhos recebem
os meus com alegria
Eles se agarram e não mais se separam,
como mãe à cria
 
 
Imensas janelas são abertas
além desse horizonte
descortinando no infinito
a água cristalina
 
Na beleza dessa fonte
repousa a tua essência,
que me alucina
 
Crianças brincando em tardes de sol,
como lembranças distantes
Campos soprados por brisa
em noites de luar
Quanto amor!
 
Chuva fina beijando teu corpo,
doce sabor
Flores acariciadas pelo tempo,
eterno amante
 
 
Em pedra confidente,
abraçado às tuas lembranças
adormeci,
sonhando...
 

 
Juarez Florintino Dias Filho
 

Juarez Florintino Dias Filho
© Todos os direitos reservados