Inconscientemente te espero,
Da forma mais incomum possível.
 
Vai-se o colorido das rosas,
Vem-se a queda das folhas,
De estação a estação,
Repetição sempre igual.
 
O tempo passa em ritual contínuo,
Meu relógio irrompe o infinito,
Tic tac milhões de vezes,
Todo o universo em mutação.
 
Tudo passa,
Tudo muda microscopicamente
Num segundo,
E eu, a bilhões de segundos a te aguardar.
 
Sóbrio, mas repleto de cabelos brancos,
Mais sério, mais maduro, e sempre,
Cada vez mais seu.
 

Rodrigo Cézar Limeira
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