O Sol que se despeja no horizonte
Vai contando de um amor incontável:
Quer deslize por detrás dalgum monte,
Ou apenas se furte ao observável,
Quer de nuvens ornado em elegância,
Ou aterrisse em vôo solo, imponente,
É o arauto do amor que não se cansa,
Que se doa do nascente ao poente,
Que se esvai até o último lampejo,
Que produz arte mesmo em despedida,
E que se oculta enquanto a sombra cresce...
(Mas não morre só porque não o vejo!
Ele atravessa a escuridão da vida:
Quando a noite passa, ele ainda aquece...)