Insônia

 
Nas noites de angustias e solidão
Engulo o amargo fel da saudade,
A insônia aborta os meus sonhos
Atira-me para os braços da realidade.
 
Vêm-me doces e belas lembranças
Dos passeios, de domingo à tarde,
Que corríamos feitos crianças,
Alegremente fazendo alarde.
 
Debaixo de um céu lindo e estrelado...
O amor aflorava regado de doce paixão,
Suspirava e batia fremente e descompassado,
De tanta felicidade, vinha na boca o coração.
 
Hoje sou um refém da saudade
Nada de você tenho por recordação,
Só lamento minha sorte, é verdade,
Lembrar de você, ainda me causa emoção.

 

A insônia às vezes é cruel...E nos transporta
Para o passado como num túnel do tempo,
Um filme que passa e fica nos lembrando,
E subjulgando as nossas emoções.

amor, saudade, recorda

Jose Aparecido Botacini
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