Paris - Parte I

Com as vozes que ecoam na alma e ouvindo os tons do que achamos divino,
Escutar-me-ei ao invés de sempre ouvir o que eu não quero escutar?
Enquanto as rugas nos tomam, queremos nos enganar,
Tornando-nos, por nossa vez, muitas vezes os inimigos de nós mesmos.

São tantos paradigmas e mistérios embelezados de critérios!
Desvendar os paradoxos mais incabíveis e imperceptíveis
Delibera a nossa loucura, um tanto sana,
Necessitando de algo externo já que não suportamos o que vive e pulsa em nós.

Sou feliz por não ter muitas fraquezas, como o ciúme?
Busco sempre aniquilar qualquer vestígio de frustração
Antes mesmo dela se manifestar, se fazer presente de alguma forma – em mim.
O meu reflexo retrata bem quem sou e quem não quero ser: aprendi a me definir.

Nem sempre é fácil arrancar as raízes; sair de onde estamos,
E, também, viver no acalanto dos nossos próprios devaneios...
Como podemos viver no que é cômodo e rotineiro?
Como é amar intensamente como se estivesse sempre apaixonado?

Estocolmo, Suécia