NUNCA AOS DOMINGOS

Nunca aos domingos, meu amor, te ver assim, cara triste, destino já traçado, nem sempre livre.
Nunca aos domingos, meu único amor, te sentir assim, perto de mim, e tão distante.
Como se o mundo não fosse tão grande, e nem tão importante, e o meu amor fosse como satélite, que circula em tua volta, amor, em órbita, eqüidistante.
Nunca aos domingos, meu grande amor, te perceber assim, maldita, tramando desditas, enquanto sorrindo, na sala, servem um mate amargo de nossas vidas.
Nunca aos domingos, amor da minha vida, te encontrar assim, prostrada, com o olhar fixando nada, sem ânimo, sem forças, recolhendo mágoas do mundo, esvaindo-se aos poucos, entre minhas mãos, trêmulas e contritas.
Nunca aos domingos, esquecer de aquecer teu leito macio, meu doce amor, porque em você todas as promessas se cumprem, porque você é minha e eu sou teu, porque te levo no meu coração, no detalhe de meu coração, Love me Tender.
Nunca aos domingos, secreto amor, sem te ver na janela, de casa, a me esperar, com chá, no sofá da sala, para amar e ser amada.
Nunca aos domingos, amor eterno, sem te ver dançar Sirtaki, como Anthony Quinn, na dança de Zorba
Vamos girl, vamos lá, teu nome é estrela, e o teu céu, se confunde com o meu e se chama eternidade.

Para S. do meu coração, aos domingos de sempre, com amor e carinho.

Bagé, 20 de maio de 2007.