Não foi o teu olhar diante ao meu,
Naquelas horas úmidas de pranto,
Aquelas horas trêmulas, enquanto 
As nuvens prosseguiam rumo seu...

Como não foi o breve aceno teu,
O teu sorriso feito um acalanto,
Quando me deste aquele adeus que tanto,
O meu dia, também ensombreceu...

Nem foi a dor cruel no coração,
O meu silêncio, nesse triste instante,
Os sonhos todos que embalei em vão… 

- Foi o teu beijo numa flor de prata
Deixada sobre minhas mãos, brilhante...
Ainda hoje, essa flor me dói, me mata.

PAULO MAURÍCIO G. SILVA
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