O frio que me toca, no peito. Sem remorço e sem apreço. Me dói e me fere como um golpe de punhal. Sangrando por dentro não choro. Não imploro e nem tão pouco ignoro. A vida que se vai sem olhar para trás. Lá diante da incerteza e da miséria. Com as mãos nuas cubro a nudez do meu espírito. Na noite sombria e fria onde a vida foi embora.

Cesar Garcez
© Todos os direitos reservados