Diante dum pálido sorriso agreste

E numa enseada de corpo humano,

Vi-me metafísico e me lembrando

Dos hiatos silvestres que me deste.

 

Perante reais recordações niilistas,

Meu cérebro celebrou senil deboche,

Pois fui torturado por ser o fantoche

De enigmas surreais dos enxadristas.

 

Talvez do junco com que me bateste

Tenhas obtido o que serviu de enfeite

Para a sarcasmo deletério do público...

 

Enfim renasço cristalino após a luta

Embora a preocupação é que não surta,

Porque não há espaços para o indulto.

 

DE  Ivan de Oliveira Melo

Ivan de Oliveira Melo
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