O meu tranquilo olhar repousa
sobre a dor que já passou.
Abandonando-a,
caminhando com os pés firmes
neste momento.

Um futuro vaga nas mentes
dos prisioneiros do pretérito carrasco.
E o futuro se esqueceu de ser,
se rendendo ao julgamento do agora.

O que vem a ser este futuro
senão o medo da repetição
do temível passado?

O que vem a ser este futuro
senão a prisão da alegria
de se estar presente?

Sil de Jesus
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