Se uma mulher surgir apaixonada,
Eu a receberei com uma flor...
Após abrir a porta à convidada,
Eu a terei, num gesto protetor.
Acenderei na sala decorada,
A chama de riquíssimo calor...
Dividirei a minha paz sagrada...
Também meu ambiente acolhedor.
Partilharei com ela, sem questão,
Momentos tão sublimes, desde então...
Mas antes dela entrar na moradia,
Esconderei, com certo desconforto,
A cavidade neste peito morto,
Também minha alma estéril e vazia...
PAULO MAURÍCIO G. SILVA
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