Do outro lado do morro

De dia e de noite a rocha penetra
De um lado a chuva, a selva
Do outro o sol , a relva
Tudo sob a proteção de uma vazada pedra

Do meu lado tem gente muita
Do outro a riqueza emerge
O meu lado é simples , herege
O outro é santo , pago sem luta

Por falar em luta , eu sigo nela
Como muitos do lado que eu venho
Em busca do que eu não tenho
E essa gente esbanja na TV , na arte, na tela

Por fim o povo daqui vive bem
Do meu lado morrem inocentes
E do lado daqui também
A diferença é que a culpa é sua, quase sempre

Mais uma visão turva da realidade do carioca .

Túnel Senador Nelson de Souza Carneiro.

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