Ainda menina ( para Nette)


Foi num repente que me tornei mulher
Firme, forte, guerreira
Venci muitas batalhas
Perdi outras
Mas nunca desisti de lutar
Embora os dias tenham passado
Ainda trago em meus olhos
A menina que um dia fui
Doce, frágil, sonhadora
Menina que desacredita
Ser agora uma idosa
E que sabe ser vencedora
Que pra fugir das desventuras do envelhecimento
Perde-se em meio aos seus versos e rimas
Tatuados nas páginas amareladas De antigos cadernos inacabados
Onde alheia ao que diz o tempo
Continua acreditando que realizará muitos sonhos
E que pode
Mesmo com o passar dos anos
Ser feliz...
Muito mais feliz

Maria Isabel Sartorio Santos
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