Lânguida, a tarde desliza sobre as ondas do mar e se perde no horizonte.
Na imensidão do céu, a noite explode, trazendo pelas mãos, minguante luar que boceja sonolento.
Futriqueiras estrelinhas, vestidas à caráter para o banquete noturno das mariposas e vagalumes, aproximam-se curiosas.
No meu peito, célere coração palpita e aguarda sua chegada.
" Ele não virá! ", murmura zombeteira estrela cadente, ao ouvir meu desejo.
Saudade atravessa minha dor, tingindo de carmim, a alegria da doce espera.
Soluço!
Solidária brisa cinge num abraço minh'alma e cochicha ao meu ouvido uma canção.
" Não chore! Na curva do tempo, um dia, vocês haverão de se encontrar."
Maria Isabel Sartorio Santos
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© Todos os direitos reservados
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