Virgulino o Lampião

Antonio Cícero da Silva

Virgulino Lampião
Homem de destreza
Cangaceiro do sertão
Enfrentava a nobreza.

Às vezes lutava pelos fracos
E oprimidos também
Nas matas e descampados
Não corria de ninguém.

Enfrentava a volante
Era homem destemido
Nas brechas verdejantes
Era ser evoluído.

Lampião do nordeste
Do sertão de Pernambuco
Da humildade vieste
E revoltou-se por luto.

Quando seu pai, perdeu,
Com  o tempo rebelou-se
Muito sofrimento causou
E o sertão martirizou.

Tornou-se vingativo
Abraçando o cangaço
Era muito criativo
Armava muitos laços.

Contou com muitas vitórias
E derrotas também
A alguns ele ajudava
E a muitos mandava pro além.

Tirava dos fazendeiros
E passava para os pobres
Lá pelos ribeiros
Sempre perseguia os nobres.

Fazia sua própria justiça
Brigava com muito ódio
Às vezes fugia da polícia
Do sertão era opróbrio.

Saqueava e devolvia
De acordo com os acontecimentos
A muitos ele assistia
Para outros era tormento.

Jamais entrega os pontos
Com o Corisco e os demais
Isso não é apenas um conto
É poesia e muito mais...

Lampião o rei do cangaço
Disposto por natureza
Parecia ser homem de aço
Possuía imensa rudeza.

Foi o maior dos cangaceiros
Homem temido por todos
Era um ótimo cavaleiro
Terrível e caridoso.

O famoso lampião
Matuto e grande lutador
Desapareceu do sertão
Mas lendário continuou...

Poema do livro:"Onde Estais?, CBJE, 2006, RJ. 

Lampião homem destemido do sertão pernambucano...

Petrolina - PE