O vazio assombrou-me.
A monotonia de assalto me possuiu.
Vibração na garganta rasgada,
O urro dos mortos renascendo da dor.

Dilacerei-me, oculto sofrimento.
As entranhas paralisadas
a me proteger da rendição.

Vou nascer!
Vou parir!

Estou a sucumbir
sobre a cama do inescapável,
encolhida sob a minha colcha de retalhos.
Quem vive em meu quarto?

Sil de Jesus
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