Me veem sorrindo, afavel, anigavel

Dificilmente me verão chorando

Pois atrás da mascara a minha face atada

Esconde-se a ironia do disfarce perfeito

 

Pouco adiantará sondar-me a alma

Dela pocuo ou nada ver-se-a

Contente-se com o exteior que ora mostro

Não tente desvendar o que oculto

Nem tente ver alem de mim

Decifrar-me será inconcebivel

 

Sou somente o sem amor que muto ama

Aquele que perdeu-se e não se encontra

O que foi só carinho sem retorno

Um coração que bate, sem unissono

Olhos que procuram e nada veem

Um ser que só existe, mas não é

 

Eu sou o tempo, o vento, a luz, escuridão

Todo os mares, toda terra, paz e guerra

A crença, o descrer, a vida, o fim

O grande maremoto, a agua estagnada

Somente alguem  perdido

Na vastidão do nada

 

 

 

 

BUENO
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