Minha História... Nossa História!

O homem sempre tentou compreender a vida, buscando codificar a sua totalidade. Desde os primórdios um desejo de encontro respostas, inquietou os indivíduos, seja no campo individual ou coletivo. Uma angústia nos retirou da caverna, colocando-nos frente a frente dos conflitos, resultando na superação, sobrevivência e evolução.

A humanidade nunca mais foi à mesma, tudo se fez diferente. Uma revolução transcendeu as consciências, de primitivo o salto quântico rumo a civilização, o progresso, a modernização.  A luz ganhou força no vasto horizonte.

Avançamos intelectualmente, porém, aniquilamos moralmente. Tornamos-nos meros apêndices das máquinas, das tecnologias, das ferramentas do mundo moderno. Aquela angústia ainda nos apavora, temos medo do amanhã, do possível futuro que está por vir.

Plantamos dor em prol do poder, da ganância, da fama... Construímos um mundo egoísta, competitivo, voraz, desumano... Matamos o nosso semelhante sem pensar na responsabilidade do ato, da consequência que uma atitude vil pode causar na atmosfera que nos circunda.

A nossa civilização está falida. Tudo se perdeu, não sabendo onde estamos. A torpeza das nossas práticas tem nos conduzido a morte. Uma morte que transvê o físico, deixando marcar profundas na alma. Triste realidade, profunda desilusão, falta uma reflexão. A efemeridade “compõe” a nossa verdade. Somos frutos de uma verdade a ser repensada.

Queremos muito, fazemos muito pouco diante das possibilidades ofertadas. A vida nos oferece múltiplas probabilidades, contudo, optamos pelas conveniências do momento. O nosso umbigo é sempre favorecido. Esquecemos que fazemos parte da criação e que tudo é célula, a vida se fez a partir de divisões celulares. Somos todos um! Se um ser não está bem, todos os seres estarão comprometidos. Não existe unicidade no contexto evolutivo, a evolução se deu através da multiplicidade, da divisão de um núcleo de vida em infinitos mundos.

A depressão que nos consome é fruto do medo que não identificamos dentro de nós. Existe um universo a ser descoberto. Ao longo da evolução desbravamos diversos mares, terras, até o espaço sideral, todavia, não desvendamos os segredos do nosso complexo mundo interior. Cada um de nós devemos mergulhar em si próprio, buscando as réplicas das inúmeras questões lançadas.  

Ser e estar deve se fundir no ato do existir. Infelizmente vivenciamos o ter e esquecemos-nos de ser e de entender que estamos e que em questões de milésimos de segundos deixamos de estar. A vida é um pueril, um imortal poema diante da mortalidade do poeta; viver é complexo, mas o existir é tão singular. O que seria uma existência em comparação aos fluxos do tempo, não seria, é a própria evolução das espécies.

Sim! O nosso arquétipo saiu da caverna, entretanto, a nossa essência continua presa nas profundezas daquele orifício, frio, escuro e mórbido. Por que negamos a nossa origem? Onde está o ser, quem é o ser? 

Ainda não é o fim! Tudo se inicia com o despertar da consciência. Os seres estão sentindo a aceleração, o fluxo coerente do tempo, precisamos acompanhar; o tempo urge. É chegada a hora limite.

Nós compreenderemos a angústia milenar, que acelerou o nosso DNA.  Tudo virá átona, todas as perguntas encontrarão respostas dentro de nós.

Reescreveremos a nossa história, a coletividade individual dos processos que nos fez chegar aqui.