HOLOCAUSTO

O gemido de horror extrapolou intensa dor
Emitido na escuridão dum corpo sem chão
Secreto emissor suplica seco ao inquisidor
Mas é tudo em vão, não se curva à razão

Quem legitimou tão vil criatura e o exaltou?
Vontade de potência que recorre à violência
Porque nada mudou, o tempo humano parou
Nem sagrada advertência alterou a essência

Carcaças ambulantes perambulam distantes
Sem alguma esperança, perderam confiança
São fantasmas errantes em terra de gigantes
Mas deixam herança guardada na lembrança

É preciso combate para prosseguir o resgate
Retirar do esquecimento tão terrível momento
Alguém que retrate o debate no tom escarlate
Para que fado sofrimento seja levado ao vento

Marco Antônio Abreu Florentino

Poema em homenagem às vítimas do holocausto, indizível e bestial momento da história humana ocasionado por humanos. Como diz o poema, em tempos de beligerância patrocinada pela imbecilidade do homem, deve sempre ser lembrado.

https://youtu.be/nuBeByQQUo8

(Paixão Segundo São Matheus - Bach)

Marco Antônio Abreu Florentino
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