A escravidão nunca acabou

Por onde ando,

Quando penso

Sempre vejo, 

O tempo todo, 

Sem parar,

Sem cessar,

Sem limites, 

O abuso de Poder,

A escravidão está no ar, 

Escravidão é o que há!

 

Trabalhos extenuantes,

Sem sentido algum,

Sem fedor,

Sem cheiro,

Sem poesia,

Apenas para sobreviver,

ora, isso é muito pouco,

quase nada.

 

Labores inconstantes,

Inconsistentes,

Arrepiantes,

Alienantes, 

Pedantes!

 

O homem continua a massacrar o próprio homem!

Humilhando, Pisando, Mandando

Naquele que tem pouco dinheiro.

 

A escravidão continua,

Sutil,

Viril,

É o homem pueril!

 

A sobrevivência deixa o infeliz sem pensar

Que na verdade, o homem não precisa de maus tratos do próprio homem,

O homem poderia ajudar o homem, o homem poderia fazer o que gosta.

 

O salário disfarça a escravidão,

Talvez seja dela um próprio reflexo.

 

O homem é escravo do Governo,

É escravo do Patrão, 

Muitas vezes, até, do próprio Guardião!

 

Sempre que há abuso de poder,

Existe Covardia,

Existe dependência

Existe escravidão,

Existe desolação,

É decretada a pior das mortes,

A morte do homem que morto por dentro, 

Ainda vive, cheio de desesperanças,

Cheio de Subordinação!

Diego de Andrade
© Todos os direitos reservados